terça-feira, 5 de abril de 2011

Reportagem Diário da Manhã - Autismo


Sábado, dia 2 de abril, é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Na tarde da sexta-feira (01), crianças e jovens autistas de Passo Fundo participaram de atividade lúdica com cavalos, cujo objetivo é estimular a coordenação motora e o sistema nervoso central. O atendimento aconteceu no Parque de Exposições Wolmar Salton.
 Desde 2008, a Organização das Nações Unidas decretou esta data em busca de sensibilizar a população mundial a olhar com mais atenção os portadores do Transtorno do Espectro Autista.
Apesar de existirem quase dois milhões de brasileiros autistas no Brasil, muita gente nunca conheceu um e não sabe bem como eles são. “São pessoas especiais, diferentes e que possuem uma maneira de ver o mundo e de lidar com ele de maneira que nem todos entendem. Têm o seu próprio ritmo, que é mais lento, mas carecem de cuidados e atenção permanentes”, descreve Juliana Hoffmann, mãe de Isabela, 11 anos, autista. Em Passo Fundo, várias atividades são realizadas por essas crianças, jovens e adultos em busca de desenvolvimento, melhor qualidade de vida e inclusão social.

Em Passo Fundo, crianças e adolescentes portadores de autismo podem frequentar a Escola Municipal de Autistas Professora Olga Caetano. A diretora Ana Maria Brandão Ractz informa que atualmente estão matriculadas 39 crianças e jovens, entre cinco e 34 anos. “Nós possuímos uma metodologia estruturada e lutamos pela inclusão social. Atualmente temos oito alunos fazendo adaptação na escola regular”, diz. E conta que desenvolvimento intelectual há, mas cada um vai no seu ritmo. “Alguns conseguem aprender a ler e escrever um pouco, outros talvez saibam, mas não mostrem”, sugere.
Elas são crianças especiais, mas é fato que os pais de autistas enfrentam muitas dificuldades para criá-los. A principal delas é na questão da educação e inclusão social, segundo a técnica de enfermagem, Luciana Zanette, mãe do Henrique, de nove anos, autista. Ela conta que ele já estudou em escola regular e que começou apenas este ano na escola só para autistas. Sente que há ainda muita falta de preparo das pessoas para lidar com os autistas. “Meu filho tem condições de freqüentar a escola regular e eu acho que é fundamental para ele, mas quando os procuro, eles dizem que não tem vaga ou que não há monitor”, lamenta.
O mesmo drama é enfrentado por Juliana Hoffman, mãe da Isabela. A menina já frequentou uma escola regular, mas foi indiretamente convidada a sair. “Eles me chamaram e disseram que para minha filha continuar na escola eu teria que contratar uma monitora, então, como não tinha condições de pagar a escola e a monitora, ela saiu e hoje estuda só na Olga”. Ela conta que a inclusão social é fundamental para o desenvolvimento de uma pessoa portadora do autismo. “Se você não estimular ela fica lá no mundo dela e não reage, então é muito importante conviver com o mundo real”, diz. Isabela tem um irmão de cinco anos não autista que ainda não entende bem o que é autismo, mas percebe que a irmã é diferente. Apesar disso, ela considera a convivência entre os dois muito positiva para a filha. Eles interagem muito. Ele a estimula, pois quer brincar, conversar”, descreve.
http://www.diariodamanha.com/noticias.asp?a=view&id=8957 (leia na integra)

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Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brazil
Sou Especialista em Informática Educativa trabalho com alunos com autismo, o que é um desafio constante na busca e construção de novos recursos para favorecer a apropriação do meio informatizado.